terça-feira, 19 de abril de 2016

Dia cheio, som na caixa baby

A vida merece uma trilha sonora...
Não sei como é a sua, mas tenha em mãos boas opções de músicas para animar um dia cheio como o de hoje, ou apenas para contemplar a vista, ou mesmo para chorar e rir, embale seus passos ao ritmo de qualquer coisa que preste.
Para hoje a pedida do dia é a que segue... um clássico suingado para manter o balanço da alma.




domingo, 17 de abril de 2016

Meninos e lobos

"Garotos como eu sempre tão espertos, perto de uma mulher são só garotos." - Leoni

Não importa a idade, não importa o quanto ganha, o que faz da vida, quanto sofreu ou sofre, o time do coração, a posição política nesse inferno de mentes obscuras brasileiras, quem é a mãe, onde nasceu...

Nada disso importa, homens são sempre meninos. Seja no discurso rídiculo da imensa maioria do nosso inacreditável congresso e sua nostalgia do programa da Xuxa, seja nas reuniões de pais na escola, nas reuniões artísticas de música e teatro ou mesmo no mais antropológico dos lugares para se estudar o comportamento masculino: o churrasco, todos meninos...

Digo churrasco porque é o momento mais propício para esses sinceros e carinhosos devaneios, carinhosos com exceção claro da corja política. Estava eu desfilando minha pessoa em um desses simpáticos eventos sociais e pude observar o que já vinha observando há muito tempo: homens não crescem.

O que eu particularmente acho uma graça, com exceção do pagamento de contas conjuntas que costuma ser uma das searas mais difíceis numa relação, seara essa que graças ao universo não pertenço mais. Acho uma graça, me compadeço, chego a ficar até emocionada como de fato fiquei ao ouvir um homem de quase 1,90 m de altura cantar músicas feitas pelo seu falecido pai, pessoa incrível diga-se de passagem. Cantava com uma saudade e olhos infantis, acompanhado pelo olhar atento e generoso de seus companheiros, que soltavam piadas a todo tempo, das coisas mais bestas, das coisas mais bacanas, a zuação eterna entre homens, sim, como na sexta série.

Brincadeiras com o espeto, com a coitada da linguiça e uns com os outros sem frescura regadas a muita cerveja, que vem nesse caso substituir o picolé e os doces de bar. E as micagens? As imitações uns dos outros? Os abraços apertados e as juras de carinho ao fim do evento, lá pelas tantas da manhã? Pueril e gracioso, leve como nós mulheres as vezes não sabemos ser...

E as mulheres do evento? Estavam lá, namoradas, amigas, umas graças também mas não se ousavam misturar com aquele universo tão particular, universo esse que graças a inúmeros churrascos de família com tios e primos estou acostumada e faço gosto de pertencer. Mesmo porque os meninos também podem se transformar em alguns instantes em belos lobos, acolhedores, carinhosos e fortes como tais.

Meninices, leves e libertárias, para enfrentar a rudeza que a sociedade lhes impõe, choros livres para drenar os sentimentos que não podem ser expressados em qualquer lugar mas que em ombro amigo está liberado.


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Solamente una vez

Quantas vidas a gente têm? 
Se os gatos, e imagino que demais felinos, possuem sete, quantas nós meros mortais canídeos teríamos? Você não fica com a impressão de que renasce várias vezes durante esta única e mísera existência?
Muitas indagações? 
Terrível isso de se começar um texto, um diálogo, com apenas interrogações, dizem que corta as possibilidades de empatia direta com o leitor ou o interlocutor, dane-se. Regras e mais regras, orientações e mais orientações, o mundo caga regras para você, para mim, para todos....minto....ao falar mundo estou sendo injusta, vamos dizer uma parte das pessoas que nutrem um comportamento egóico e não fraterno com o resto da humanidade, dessa forma tentam instaurar uma normatização para que tudo fique sob seu aparente controle.
Mas enfim...divagações....voltando aos felinos e a nós, sabe aquela sensação de puta que pariu tenho que nascer de novo? Pois bem, eu também sei, e parece que é intermitente...vem e vai, e sempre atrelado a algo emocional, o coração governante dos dias e noites da humanidade. Quando ele padece parece que se morre um pouco, mas quando ele descansa parece que um novo renascer se aproxima, e como todo parto busca o novo, o novo respiro, o novo toque, o novo ar....fresco como todas as coisas da manhã, sincero como todas as primeiras coisas e atos, e só assim é qeu se nasce de novo, pelo menos agora, nesse momento, nessa hora da noite, nesse respiro longo depois da tragada do cigarro.