domingo, 21 de fevereiro de 2016

Insensatez ou Sobre dores de amores

Ilusão...
Devaneios...
Coisas do coração...
Ele não sabia o que sentia, desejava, queria mas era pouco o que pedia...
Num redemoinho de pensamentos, em um dia claro de muito vento pode perceber o tamanho de sua dor, o vazio deixado no peito após tempos e tempos e tempos...
Relia as cartas, os poemas, as promessas...
Como pôde ser tão desumana com quem lhe quis tanto bem? Agora era oco, vazio, sentia frio ao reler as linhas que lhe foram escritas. Mensagens de adeus, não estava mais nos braços seus. Compartilhava seu corpo e seus sonhos com outro homem, a ele não amava mas gostava do bem que lhe proporcionava.
O vento bate gelado ainda sobre o seu dorso, o café esfria sobre a mesa e o gato o observa com um misto de pena e desconfiança de sua fraqueza.
Liga o radio, da caixa de som uma velha canção emana e molha o rosto daquele que nunca chora, insensatez, era isso então... tão somente insensatez:

"A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração quem nunca amou
Não merece ser amado
Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado"

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